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China x Estados Unidos: Corrida tecnológica e recuperação econômica

    Nos últimos meses, as tensões entre China e Estados Unidos aumentaram consideravelmente devido a pandemia do novo coronavírus. Há quem diga que os Estados Unidos não tem prova alguma para insinuar que o SARS-COV-2 fora inventado intencionalmente em laboratório chinês e que isso é apenas pretexto para ganhar popularidade nas eleições presidenciais deste ano. Há, contudo, aqueles que veem a China como um país que precisa "entrar nos eixos" e "deixar o comunismo de lado". Mas, além de falar, o que realmente está sendo feito?

    Recentemente o Banco Mundial - sigla WBG, em inglês - indicou em relatório publicado em junho/2020 que alguns países terão alta no Produto Interno Bruto (PIB), mesmo com os efeitos negativos da pandemia. O que chamou atenção foi a China, apontada como um desses países. A previsão do WBG é crescimento de 1%.

Capa do relatório chamado "perspectivas econômicas globais" divulgado pelo banco mundial em junho deste ano. 

fonte: www.worldbank.org

        Além disso, as empresas chinesas, em especial a Huawei, são as maiores detentoras da tecnologia 5G, tida hoje como uma importante evolução da tecnologia de internet móvel, pois possibilitará a maior produção de carros autônomos e diversos outros tipos de produtos que precisam de "raciocínio rápido" na hora de fazer escolhas totalmente por conta própria. Laboratórios chineses estão com muitos dos seus recursos mantidos para estudos científicos, aumentando a produção de ciência e tecnologia vinda de Pequim e impulsionando, ou pelo menos ajudando a estabilizar, a economia do gigante asiático.

    Na contramão do governo chinês, como já discutido nesse blog, até o mês de junho deste ano o congresso dos EUA não tinham aprovado um orçamento de 26 bilhões de dólares, para ajudar as instituições de pesquisa nacionais. Os Estados Unidos não apareceu no relatório do banco mundial como um dos países que terá crescimento do PIB neste ano de 2020. Além disso, os protestos antirracismo e a política negacionista adotada para o enfrentamento ao coronavírus fazem com que o país tenha uma determinada instabilidade política, que pode contribuir para a diminuição do Produto Interno Bruto estadunidense de forma direta. Há pouco tempo, universitários internacionais que estudam nos EUA estavam sob ameaça de serem deportados do país que só foi interrompida graças a uma ação judicial impetrada pela Universidade de Harvard (HU) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

    De modo geral, é possível observar uma vantagem chinesa em comparação aos EUA em termos de recuperação econômica. Tal vantagem atrelada ao desenvolvimento científico e tecnológico do Estado chinês e sua política de combate ao coronavírus. Vale salientar, contudo, que os EUA continua sendo a maior potencia econômica do mundo, mesmo com a grande dívida acumulada e certa instabilidade política e, por isso, é possível que haja um revés principalmente depois das eleições presidenciais, que acalmará, em tese, o país. 

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